Karen Bassi
Como funciona um tratamento de Fisioterapia?
Até hoje tenho o privilégio de atender alguns pacientes que nunca passaram por um atendimento de Fisioterapia, chegando com zero expectativas (o que é muito bom também).
De forma geral, e claro que isso varia de profissional pra profissional, o atendimento depende 100% do quadro clínico. Ou seja, do que está acontecendo com o paciente.
Se é uma queixa de dor forte, aguda, que está presente mais frequente do que não, as primeiras sessões serão voltadas pra melhora dessa dor. Pra alívio ou às vezes, a resolução já.
Se o quadro não é tão intenso de dor, mas tem muita coisa pra corrigir, como diferença de força de um lado ou outro, diferença de um movimento (uma articulação mexer bem mais que a outra, por exemplo), encurtamentos importantes, isso será orientado logo no primeiro contato.
Lembrando que essas informações são vistas no dia da avaliação, momento em que tudo fica mais claro e a causa da queixa é muitas vezes explicada ali
Após o controle do quadro de dor, com uma frequência menor, intensidade menor, alguns movimentos básicos mais harmônicos, corrigidos, o trabalho vai de frente com o objetivo do paciente: se a ideia era só parar de sentir dor pra escovar o cabelo, talvez nosso trabalho juntos já acabe ali. Mas como sabem, a maioria dos pacientes que atendo tem objetivos maiores, como correr sem dor, pedalar, pular, jogar.
Nesse momento entra o gesto esportivo. E nele ficamos por muito tempo, enquanto o paciente vai retornando a atividade física praticada.
Só depois de juntos vermos que é possível fazer o gesto sem dor, sem queixas, aí o desmame da Fisioterapia começa, pra enfim, receber a alta
Você sabia que funcionava assim?! Conta pra mim